sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Leituras

Eu adoro ler. Sempre gostei, desde que me entendo por gente braba. Gosto de ler coisas que me distanciem um pouco do redor, mesmo que ela esteja falando exatamente sobre o mundo. Gosto de coisas que me façam refletir e que eu sinta vontade de comentar depois com as pessoas inteligentes que me cercam. Gosto de algo gostoso, mesmo que não seja leve. Gosto do que prende e me ensina algo. E como meus recursos financeiros brutos andam em baixa (há um tempo já) enquanto a bendita da poupança engorda, tenho tentado sempre comprar livros que tragam um pouco ou um muito de psicologia (pra juntar o últil ao agradável), embora não dispense NUNCA um velho romance sobre a Segunda Guerra =p

Mas efim. Meu último livro completado foi "Cartas a um jovem terapeuta", de Contardo Calligaris. Pequeno, fiinho, levinho, com várias coisas legais e que eu demorei incríveis 2 (!) meses inteirinhos pra ler. Tive a brilhante (?) idéia de comprá-lo exatamento do PIOR período do curso. O mais trabalhoso, mais denso, mais angustiante e profundo. Demorei a lê-lo não por falta de tempo (se virem o tamanho do livro chega a dar vergonha). Foi simplesmente porque passei quase 5 meses saturada da tal da Psicologia. Era tanta coisa que Deus me livre de mais páginas falando de clínica, teraputa, análise e paciente. Depois que terminou o fatídico período passei um mês sem pegar em nada que me remetesse à Psicologia. Tive até um sucesso considerável já que passei o mês transcrevendo entrevistas no estágio e lendo sobre (e somente) educação infantil. E o estágio lá no certo ambulatório de saúde mental do hospital era apenas uma vez por semana e não me demandava mais esforços.

Bem. assim que voltei à faculdade, retomei a leitura do livro e num piscar o terminei. Já o repassei a uma amiga. O tempo que fiquei proprositalmente afastada da Psicologia (ao menos o máximo que consegui) foi extremamente bom pra mim. Pensei várias coisas. Repessei outras várias e pude observar que, ás vezes, é sempre bom dar uma brake e sair um pouco da rotina. Traz novos ares e renova os ânimos, fazendo com que se volte às suas atividades habituais mais empolgado e diposto. Acho que dá até pra estender isso ao resto da vida, né? Fiz a brilhante descoberta das tão maravilhosas férias e elas nunca significaram tanto pra mim.

Tá parecendo que eu descobri o mundo. Mas pra mim foi quase isso.
Sendo assim, voltei aos hábitos e, variando um pouco, já comprei um novo livro. Falando sobre sabe o que? Psicoterapia.

Vai entender....

Um comentário:

Unknown disse...

vai entender mesmo...nem os oloucos gostam tanto de psicoterapia =p